"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. / Each one knows the pain and the delight of being what they are." (Caetano Veloso)

" [Ei-mi] "

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Wednesday, October 10, 2007

Lesbian Kids

Estudos mostram que filhos de casais lésbicos são, no mínimo,
tão felizes quanto crianças de héteros

Por Beatriz Almeida e Helena Moraes

Estudos comprovam que filhos de casais lésbicos são, no mínimo, tão felizes quanto as crianças de famílias convencionais.- Tia Bia, tia Bia! Quer brincar de boneca?- Claro Ju! Você quer ser quem?- A Mônica! Ela é a namorada do Cebolinha!- E a Magali, namora com quem?- Com a Minnie!O que você faria se a sua enteada, de cinco anos de idade, dissesse isso para você? A minha primeira reação - absolutamente heterossexual e preconceituosa, devo admitir - foi a de pedir para que a minha namorada colocasse imediatamente a menina numa psicóloga! Ela, calmamente, disse-me que a menina já ia a uma especialista e que, talvez por isto, encarasse desde cedo a relação homossexual como uma coisa normal. Umas gostavam do Cebolinha, outras da Minnie.A verdade é que muitos casais lésbicos relutam frente à criação de uma família não-convencional, ponderando o efeito de sua sexualidade na formação da identidade sexual de seus filhos. A priori, se formos refletir, é um pensamento paradoxal, haja vista que a grande luta da comunidade GLBT é para que a diversidade seja tratada como algo natural e saudável. O grande questionamento levantado por todas as famílias tradicionais e pela comunidade heterossexual (e, vamos admitir, por nós mesmas) sempre foi a repercussão psicológica nas crianças e o possível feedback negativo que esta poderia gerar, desestruturando uma família para alguns "já sem estrutura". É bem sabido que a inseminação artificial já adentra a segunda década de idade, e que atualmente entre 1 e 6 milhões de crianças - só nos EUA - estão sendo criadas por casais gays, o que nos forneceria uma amostra suficientemente boa para a realização de estudos científicos com famílias não-tradicionais. Alguém percebeu isto. Alguém não, várias pessoas. A Minnie já vem namorando a Magali dentro de muitas casas!As primeiras respostas para o questionamento polêmico e universal acerca da identidade sexual e do equilíbrio emocional das crianças surgiram em meados de 2000, quando os primeiros estudos com pré-adolescentes criados por famílias gays começaram a ser realizados. Infelizmente, sete anos depois, nós próprias, o público alvo das pesquisas, não só ignoramos a existência e conclusão das mesmas, como ainda nos chocamos perante a Bela Adormecida sendo acordada pela Cinderela. O fato de alguns destes estudos terem sido realizados com adolescentes fala a favor da veracidade das conclusões, já que o processo de formação da identidade sexual e o início dos nossos famosos complexos de Édipo e Electra se dão na fase pré-pubere, e que a insegurança e busca por referencial externo que marcam acentuadamente a adolescência necessitam, ainda mais, de estrutura familiar e adequação social para que os teens se mantenham em harmonia e equilíbrio. Destacamos, ainda, a consciência acerca da discriminação sexual, já percebida pelos garotos e garotas nesta idade.O maior estudo realizado nos EUA (em 2004) com 12.000 adolescentes comparou famílias constituídas por lésbicas e famílias heterossexuais e – pasmem – não evidenciou problemas de auto-estima, baixo rendimento escolar ou casos de depressão em números diferentes daqueles observados nas famílias convencionais.Um outro estudo, holandês (em 2007), constatou que casais lésbicos eram mais estáveis e que a mãe não-biológica era mais comprometida e afetivamente ligada aos filhos do que pais de casais heterossexuais. E ainda tem enrustidas por aí que casam, constituem famílias, são infelizes e têm maridos ausentes em casa. Uma pena. Por fim, surpreendentemente, uma meta-análise* canadense (de 2007), evidenciou que há alguns estudos já realizados com casais lésbicos que evidenciaram que crianças de mães gays têm uma competência social ligeiramente maior do que crianças de famílias heterossexuais. A maioria dos estudos, entretanto, mostrou resultados semelhantes entre os dois núcleos familiares.Uma conclusão que merece destaque foi a de que o número de adolescentes gays não foi maior nas famílias não-convencionais. Pois é, não se vira gay por osmose.Moral da história: Vamos todas reproduzir!
* Meta-análise: Um "estudo sobre outros estudos". Análise coletiva do resultado de vários estudos para se chegar a uma conclusão.

Fontes dos Estudos (a quem possa interessar):

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