"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. / Each one knows the pain and the delight of being what they are." (Caetano Veloso)

" [Ei-mi] "

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These are my eyes...

Friday, September 21, 2007

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O texto de André Fischer é ótimo (adoro esse cara, então não vou nem entrar em detalhes... leia o texto (abaixo) !) E obrigada ao "NUCOOL", é claro...

Eu mesma vi anúncio da revista então como "interessada pelo mundo gay", postei no blog. Mas claro, após averiguar de perto, tinha de postar uma "review".

Vi a revista finalmente nas bancas e a encarei de maneira friendly e interessada. Me aproximei e examinei. Puro desgosto ! Alguém gostará e ela venderá, nada contra...

Mas a revista é excessivamente gay fashion e fútil. Não é sobre o mundo gay, é sobre o gay "televisivo". Seja julgamento prematuro ou não, o texto do André confirma minha impressão e o que importa é que segundo a imagem da revista JUNIOR, lésbicas não existem. Portanto, ela não existirá pra mim... Estava na esperança de encontrar uma revista de atualidades e cultura alternativa, gay, pan, tran... les ! Algo além. Não, a revista JUNIOR não é assim. Infelizmente.

Para quem conheceu as revistas que se passaram nos anos 90 citadas pelo André, eu acrescentaria com certeza a Suis generis. Adorava a revista, que por mais que tivesse homens em sua predominância, era sim, multicultural e ousada, e muito les... (Acredito que Vange Leonel [colonista na época] não me desmintiria)

Abaixo, o texto que diz tudo:


O GAY SEM PINTO, de ANDRÉ FISCHER... ou os filhos mais queridos do Capitalismo de Ficção!

POR: NUCOOL, www.4pixel4.com

O capitalismo de ficção descobriu que, apesar de gastarem muito com a boate, a academia, a underwear e o dealer, tem sobrado dinheiro nas mãos da frágil comunidade gay brasileira. Não é atoa que a Editora Abril está de olho nesse mercado, assim como a Editora Peixes e a revista JUNIOR, recém lançada no mercado para os moradores de Ipanema, Moema e Jardins.
Quando eu disse a minha mãe que fazia sexo com outros homens, ela me disse que eu poderia fazer o que quisesse da minha vida, mas que ela não gostaria de ver esse meu estilo de vida de perto*.
Parece que a sociedade não mudou muito, mesmo entre os heteros mais amistosos. A sensação de desconforto é visível, quando duas pessoas do mesmo sexo, deixam o discurso intelectual e partem para o contato físico, sejam simples beijos e abraços.A Rede Globo, criou gays idiotamente perfeitos na atual novela das 8. Lindos, másculos, amigos, bem sucedidos, mas sem a manifestação dos desejos da carne.
A revista JUNIOR, também purificou os gays, atendendo as necessidades do mercado, e lançou o Gay sem Pinto.O capitalismo de ficção, disse, tá bom vocês podem ser gays, querem sair da marginalidade? Mas eu dito as regras de como vocês devem se comportar. Quero vendê-los ao mercado. Quero o dinheiro de vocês. Quero só os de tórax perfeito e sedutores (como diria a minha amiga Abusada: SÓ AS TETUDAS!). Ok, podem ser artistas e excêntricos. Mas sem pinto! Essa é a fórmula da revista JUNIOR, que apostou nos descamisados!A revista é graficamente bonita e não podemos deixar passar a presença de Stéphane Malysse e David Le Breton nesta edição.
Claro que já antes citados no PÓS-GAY da NUCOOLEXPERIENCE: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1354445
Meus agentes infiltrados nessas editoras, me contaram que a conversa da cúpula é não apresentar o "gay genital", porque os homens heteros que administram o dinheiro, não gostam de pinto, além do próprio. Para nós leitores, o discurso vem maquiado num tal de "não explícito", mas erótico! Não que eu precise de uma revista para ver homens nus, o papel nunca foi meu fetiche. Tão pouco preciso de uma revista gay! Como disse Dani Umpi, na própria revista, acredito na mescla de mundos e não gosto de guetos. O mundo mudou e ter como referência as revistas Têtu, Out ou a Zero isso ficou nos anos 90!
O mundo se transformou, a problemática é humana, quero mais é saber como administrar a vida nesses novos tempos!A fórmula editorial original da respeitada revista dos "machos", a Playboy, sempre foi conciliar bons textos com peladonas mostrando a buceta, sem medo. Isso é atitude, poder e política!Por que o sexo e o corpo feminino é elevado a condição de artístico e esse corpo masculino, abaixo da cintura, os próprios gays acreditam ser vulgar? Será que esses oportunistas, disfarçados de militantes querem fazer algo realmente político e informar, ou somente lançarem livrinhos de culinária e revistinhas adequadas para encherem o bolso de dinheiro rosa? Se vc é um júnior, recém-chegado ao mundo cor-de-rosa, não muito adequado aos padrões estéticos propostos por André Fischer, corra para o supino e ao cirurgião plástico, pelo que a revista mostra não existe espaço para você. Ou se mate!
Inteligente é não pagar para consumir o que vc encontra de graça no mundo virtual!
* Anos depois, minha mãe se arrependeu da frase e meu pai tem mais amigos gays do que eu! O texto foi escrito sob o espírito do vinho sul africano ORACLE-SHIRAZ, vendido no Pão de Açúcar.

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